8 de março é a data do dia internacional da mulher, data que costuma ser comemorada dedicando-se lembranças e presentes a elas. As empresas que lidam com o público feminino são as que mais se lembram. Mas afinal, o motivo de surgir essa data é isso mesmo?
Não só essa data assim como diversas outras são muito usadas pelo comércio para atração de vendas, muitas vezes as pessoas nem entendem o que elas representam e o comemorar resume-se simplesmente a presentear e fazer festa. o dia internacional das mulheres nasceu nos Estados Unidos em meados do século XIX, em um manifesto que contou com a colaboração de cerca de cento e trinta mulheres funcionárias de uma indústria, elas reivindicavam melhores condições de trabalho e melhores salários para as trabalhadoras femininas, que ganhavam em média treze vezes menos que os homens. Essa data serve para lembrar a primeira luta da mulher na era moderna para alcançar seus direitos.
A maior intenção dessa data hoje em dia não parece muito querer relembrar esse esforço que ficou como acontecimento histórico, mas sim uma data a mais para o comercio lucrar com vendas. Muitas flores hoje são dedicadas a varias mulheres espalhadas por vários lugares no mundo. Mas que tal lembrar um pouco da trajetória da mulher na história:
Quando da criação do mundo,
via-se na mulher a figura do pecado, nascido de Eva, ao induzir o homem ao erro
e provocar a ira divina ao castigá-los, no mesmo compasso, foi da mulher que
nasceu aquele que é tido como o salvador do mundo, que tanto esperavam e no fim
nada creram, foi de uma virgem, menina adolescente chamada Maria. Mesmo Eva
fora criada para estar ao lado do homem, por isso criada de sua costela. Da
civilização egípcia tivemos as mulheres como lideres, das famosas se destaca Cleópatra. Por
outro lado as mulheres hebraicas eram vistas com desagrado, grande momento de
desprezo ao gênero, mesmo assim de uma delas nasceu o esperado Messias. Ainda
na antiguidade as mulheres se destacavam em uma de suas principais
personalidades, a de vaidosa, usando cremes e outros artigos estéticos,
ressaltando e aflorando suas tênues belezas.
Na
idade média não se via sua grande importância, a história parece ofuscar sua
presença, salvo a figura de uma grande heroína: Joana D’ark, mulher simples
camponesa, que combateu no último período da guerra dos cem anos em favor de
sua pátria contra a Inglaterra, devolveu ao trono o rei da França, Carlos VII,
que pelo certo deveria atingi-lo, e enfim morreu queimada em uma fogueira
acusada de feiticeira sem o menor consentimento do rei que lhe devia gratidão.
Na
idade moderna, mais fulguravam as ilustres rainhas, figura idealizada pela
presença do rei, o marido. As demais, pouco tem a devida importância: Negras
que construíram o Brasil colonial, que amamentaram a escravos, que trabalhavam
em regime de subumanidade, Chica da Silva perde o encanto. E a história que
conta essas mulheres, a educação que até tempos atrás eram desprovidas,
reservavam-se a serviços do lar e a criação dos filhos. Quantas mulheres
trabalharam na década de quarenta? Quantas podiam votar nas primeiras eleições
norte-americanas? O que fez Nova Zelândia haverá importância? Há prestígios em
sua nobre concepção?