Um sistema político-econômico estruturado em classes sociais e que necessita de uma uma estrutura hierárquica que contribui por criar classes de dominantes e subordinados cuja valorização desta base da pirâmide (chamada de proletariado) difere significativamente conforme a função do trabalhador parece estar longe de construir uma sociedade justa e com satisfação de todos os cidadãos que a compõe. Por meio deste sistema é possível identificar os parâmetros para indicar classes existentes em um Estado, desde as mais pobres até as mais ricas, e o padrão de vida e consumo delas.
Certamente, por enxergar essas diferenças é que se pensa em um sistema que atenue ou elimine as diferenças e principalmente privilégios ou exploração de uma mão-de-obra para que alguns alcancem a riqueza enquanto outros somente sustentam uma condição mínima de conforto, ou às vezes nem isso para viverem. Nessa linha de raciocínio se pensa o comunismo, e para que, ele seja implantado e se sustente e garante uma satisfação geral de todos os cidadãos em condições de vida igual, sem diferenciação entre ricos e pobres o sistema passa a ser controlado pelo Estado. Em tese, a intenção é criar uma sociedade cujas cidadãos são valorizados de modo uniforme e o controle da produção e consumo depende tudo do Estado, e portanto não haveria diferenciação de classes e o trabalhador seria valorizado pelo seu trabalho, quanto mais produzisse mais ganharia, teoria da mais-valia. Na teoria seria uma sistema excelente, capaz de consertar os defeitos existente no sistema capitalista.
Porém na prática não funcionou. O sistema comunista implantado pela antiga União Soviética entrou em colapso no final do século XX e atualmente são poucos os países que mantém o sistema comunista. Mesma a China, ainda comunista, já tem o seu mercado aberto para o mundo inteiro e com uma postura bem capitalista. Dos países mais fechados e que ainda sustentam um comunismo radical é possível ver inúmeros problemas, inclusive condições sub-humanas de vida. Além do mais, durante regimes comunistas a violência e insatisfação popular não reduziu e mortes continuaram acontecendo. Sem contar que regimes de governo se tornaram rígidos e repressivos e a liberdade de mercado e livre criação, práticas empreendedoras, perderam espaço.
Embora haja uma infinidade de problemas que possam vir em decorrência do capitalismo, como a prática de consumo desenfreada, o descuido para com o ambiente utilizado para produção, capaz de gerar passivos e danos ambientais, a exagerada diferenciação de remunerações e incentivos, ou ainda a falta de estímulo à produção, o agravamento das desigualdades sociais e a sustentação de um regime econômico amparado na hierarquização de estrutura produtiva e de consumo de bens, ainda assim ele se mostra como o melhor sistema atual para ser adotado.
Portanto, a solução está em aprimorar o sistema econômico para resolução de suas deficiências, algo que não só é possível como já vem sendo estudado em muitos lugares do mundo. Cada vez mais as nações estão vendo que não adianta apenas produzir e enriquecer, é necessário também despertar para conscientização ambiental e social, práticas essas decorrentes que se chama de crescimento sustentável e também de programas de responsabilidade social. Inclusive pensar em qualidade e valorização da mão-de-obra também é um ingrediente determinante. Muitas instituições são pensam no bem estar de seus colaboradores e procuram ouvir mais as suas necessidades e anseios, criando um ambiente harmonioso. Enfim, talvez não seja a solução implantar um sistema novo e teoricamente perfeito, mas sim aprimorar as deficiências existentes no atual.