A importância da cultura é a sua fluência, quanto mais o tempo avança as tradições devem avançar, a forma de ver e enxergar a vida deve evoluir. Prender-se em velhos hábitos, dogmas e preceitos criam padrões que impedem o ser humano de se recriar, reinventar e se abrir ao moderno, ao novo, a cultura de novos valores e ao envolvimento com novas experiências, experiências essas que baseadas em tradições passadas são vistas como as danosas, as proibitivas, como algo nefasto e estigmatizado.
É logico que se prender firmemente em convicções e velhos hábitos geram os empecilhos ao reinventar-se e ao evoluir-se recriando-se e assim, por consequência, adotando novos pensamentos mais aberto ao novo, às novidades e àquilo que é mais agradável e traz mais conforto e demais comodidades. No entanto, sempre há um limite para que não se perca o controle sobre mudanças e novidades. As mudanças são inevitáveis, e se observarmos desde o início do mundo, cada canto do planeta tende a um contato cada vez mais frenético, muito em virtude do avanço do processo de globalização e de novas mídias. A capacidade da humanidade evoluir e se readaptar a novas formas de convivência e interação com diversas culturas, até mesmo criando a cultura do eclético ou do moderno.
Certamente o desapego a valores, bens e tradições facilita muito um estilo de vida baseado em consumo, em relações comerciais, em novos nichos de negócios e em interações humanas que favorecem a abertura a diversos hábitos e culturas. Isso denota uma tendência cada vez mais perceptível a mudanças e àquilo que poderia gerar a cultura do descarte, na qual um indivíduo se desprende de seus valores para estar aberto a todos, ou mesmo se desfazer de suas aquisições com frequências maiores, tornando-as descartáveis sempre mais cedo.
Outra fato que demonstra a cultura do descarte é a relação entre as pessoas estabelecida em função de interesses utilitários e efêmeros, o que não traz vínculo entre indivíduos com carácter permanente ou solidário, pois se estabelece muito superficialmente. Enfim, uma cultura descartável é uma cultura altamente instável, fixada em hábitos e relações amplamente efêmeras, tendo por vista interesses de prazer momentâneo ou unicamente utilitaristas, na qual um "cansaço" ou mudança de tendência ou ainda a "moda" já são justificativas suficientes para desprender-se de "velhos hábitos" e experimentar o "novo", que se renova a taxas bem mais frenéticas.