segunda-feira, 25 de junho de 2012

Minha doce infância

            É tão comum em nossa sociedade casos de crianças ou adolescentes quererem alcançar depressa idades mais avançadas, como os dezoito anos, muitos alegando alcançar mais liberdade, poder decidir por si mesmo, assistir aos filmes que são impróprios para menores de idade, poder viajar sozinho sem a companhia dos pais, ou mesmo sem que deva pedir por escrito a autorização dos pais para isso, além de tirarem carteira de habilitação, poderem morar sozinho, frequentar locais permitidos para de menores, entre outros.
            Isso tudo realmente é bom, mas não devemos esquecer que a infância não pode ser deixada de lado, ela deve ser bem vivida, além do mais, ela ocorre somente em um período da vida, após isso, ela não retorna mais, pois na busca de alcançarem a própria liberdade, adolescentes e crianças esquecem das implicações em responsabilidades. Devemos lembrar que a infância é uma fase maravilhosa da vida, é nela que temos nossos primeiros aprendizados, uma fase de descoberta, de aventura, de imaginar, uma fase em que na cabeça da criança tudo é possível, a brincadeira permite que ela delire. Outro fator importante nessa fase, caso esse que vem se tornando cada vez mais escasso, é o quanto as crianças se exercitam, se movimento, algo que deveria servir de lição para muitos adultos, pois a crianças não é sedentária, ela brinca corre, se diverte livremente e não tem vergonha alguma de se divertir. Outro bom aprendizado para os adultos que vem das crianças é o quanto elas se divertem em grupo e o quanto tão logo esquecem de uma desavença entre elas, uma briga ou confusão que exista entre elas é passageira, momentânea e tão logo voltam a se unir, rir e se divertirem juntas.
            Algo que preocupa muito com a modernidade é o fato das crianças quererem cada ver menos viverem a infância e se tornarem crianças "adultas", deixando de lado aquela inocência que é própria dessa etapa da vida. O tempo avança e cada vez menos a infância é vivida. Muitos fatores contribuem para essa realidade, uma delas é a enorme urbanização que acaba por vezes reduzindo os espaços para que crianças se juntem a outros para brincarem com mais liberdade. O fato do avanço da tecnologia propor outras formas de diversão também ajudam a deixar de lado certos hábitos e até levar ao sedentarismo. A falta de incentivo dos pais ou a forma de criarem de seus filhos, as vezes até impedindo de brincarem para evitar se sujarem ou de sujeitá-los a viverem sempre no espaço doméstico, seja em casas ou apartamentos, ou a vontade exagerada que as crianças tem de se verem fazendo coisas que comumente adultos fazem, e desprezarem atos que fariam na infância. A preocupação com assuntos relacionados a sexo, a vontade de beberem bebidas alcoólicas, frequentarem danceterias e baladas, preocupações em ocuparem quase todo tempo só fazendo cursos e se aperfeiçoando, seja ele de idiomas, esportes, música, aulas, entre outros. Todas essas preocupações são boas, mas não deve jamais substituir a infância, brincar, se divertir, experimentar, descobrir, viver a inocência e a diversão são muito importantes. Faz bem para o aprendizado, fez bem para a saúde, alegra e cria bons hábitos. Além do mais, todo o resto terá um tempo certo para se preocupar, a única coisa que não podemos é perder a oportunidade de sermos crianças.
   
disponível em clickgratis.com.br

sábado, 9 de junho de 2012

Ambiente

           Já imaginou o que seria um ambiente: uma sala, uma casa, a biosfera, o meio ambiente. O ambiente é algo que depende de quem o concebe, enquanto para uns o ambiente pode corresponder um espaço bem pequeno, para outros ele pode ser o universo. A verdade é que basicamente o ambiente corresponde ao espaço que vivemos, a partir daí concebemos o nosso meio em que vivemos, daí tiramos a concepção de meio ambiente.
           É como ouvirmos conselhos para preservar o meio ambiente, pois é ele o meio em que vivemos, mas para melhor entender isso, melhor seria conceber o meio ambiente como algo mais reduzido que o grande ecossistema ou a biosfera que nos circunda, melhor seria conceber de início a figura de uma casa, ou ainda um quarto em que nos acomodamos. Se repararmos, dificilmente alguém se sentiria bem ao dormir em um quarto de qualquer maneira, em desordem ou arrumado ao modo que contraria a vontade da pessoa que nele se acomoda. O mesmo poderíamos dizer de uma casa. É lógico que dependendo da maneira que um ambiente é organizado implicações podem vir junto com isso, como uma casa em condições precárias de higiene pode vitimar seus moradores por tuberculose, ou em um acidente, até mesmo por tétano, do mesmo modo uma casa super organizada e muito livre de sujeiras e impurezas pode acarretar a fraqueza na produção de anticorpos pelos seus moradores. De qualquer modo, tratamos esses pequenos ambientes conforme nossos gostos e de modo a nos sentirmos bem nesses espaços.
           É também comum pessoas se preocupar também só com aqueles ambientes em que estão mais frequentemente presentes, uma vez que seriam incapazes de jogar lixo no chão da própria casa e no entanto não haver preocupação alguma em despejar qualquer objeto em outros espaços abertos ao público, como vias, calçadas, terrenos baldios, quintais, parques ou praças, dentre outros. Incapazes seriam de manchar o próprio copo em que usariam para beber água, mas pouco seria a preocupação com mananciais, rios, lagos e lagoas. Achariam uma loucura acender uma fogueira dentro da própria casa, infestando-a de fumaça, misturando-a assim ao ar que respiram, no entanto pensariam uma grande bobeira a preocupação com uma simples fumaça nessa atmosfera tão imensa que envolve a terra. Não jogariam o esgoto em um espaço próprio da casa, mas se limitam a saber aonde ele realmente vai.  Elas concebem a preocupação com a ambiente em que costumam viver, e esquecem que isso também é de certo modo um meio ambiente.
           Se conseguimos enxergar a natureza sobre a Terra como um meio ambiente, por que não enxergamos todos os ambientes em que vivemos como um meio ambiente? E se procuramos tratar bem esses ambientes que mais frequentemente vivemos, como nossa própria casa, por que não tratar bem também esse grande ambiente chamado biosfera? Por que não se preocupar com o ecossistema, com a natureza e com aquilo que está a nossa volta, nos circunda?