sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A vida com parcimônia

          É muito corrente ouvirmos a frase: "viva a vida intensamente" e seguindo esse ditado muitos escolhem fazer tudo tudo que vem a mente, só por diversão, sem pensar nas consequências que uma atitude assumida pode provocar. Pois bem, é claro que em nossa vida devemos fazer tudo para buscar a nossa felicidade, aquilo que nos apraz, mas é necessário ter cuidado, senão certas atitudes, primeiramente inocentes, podem trazer consigo alguns problemas que preferíamos não ter. Com certeza é muito bom fazermos aquilo que gostamos e buscar fazer da nossa vida tudo aquilo que sonhamos, lógico que desde que seja licito e não cause sérios transtornos, afinal, como bem sabemos, todas as fases de nossas vidas são únicas.
          No entanto é necessário, pelo menos de vez em quando, refletir a forma com que se está vivendo e analisar o ritmo com que as coisas andam. Muitas vezes a ânsia por fazer mais e mais atividades, produzir mais e mais, e exagerar em certos gostos pode nos ocasionar certos transtornos, uma vida corrida impede que vejamos e reparemos em pequenos detalhes do dia-a-dia. É comum o povo da cidade, grandes centros urbanos, imaginar o tempo passando muito depressa, enquanto que para o povo do campo o tempo é mais vagaroso, mesmo sabendo que o tempo é o mesmo nos dois casos. Isso se deve ao ritmo com que se praticam as atividades, oras mais ligeiras, corridas e atarefadas, oras mais calmas, reflexivas e detalhadas.
          É bom fazer aquilo que o torna feliz, porém o exagero por aquilo que o torna feliz, assim como por qualquer coisa que pratiquemos, se tornam vícios. Vícios a quem diga que seja bom, as vezes de forma inconsciente, por meio de frases como: "Eu faço bastante isso porque gosto muito disso", "isso é minha paixão", "não posso ficar sem isso ou longe disso", entre outras frases corriqueiras do dia-a-dia, às vezes imaginam até que vícios só se referem ao consumo de álcool e drogas. O caso é que os vícios correspondem a tudo que fazemos em demasia, desde o consumo do açúcar ou sal em excesso até as longas horas dedicadas ao trabalho, estudo, a televisão ou a qualquer outro meio de lazer, tudo que nos leva a situações, de certa forma, de dependência e por vezes nos impede de refletir o que de fato está acontecendo com a nossa vida e como estamos a conduzindo.
          É comum enxergarmos bons hábitos sendo estimulados a serem praticados, como as atividades físicas, o trabalho (o trabalho enobrece o homem), os estudos, a diversão, o lazer, a boa alimentação, o culto a própria cultura, assim por diante. Porém mesmo esses atos devem ser controlados e realizados dentro dos nossos limites, ao ponto que eles nos faça sentirmos bem e não dependentes. O hábito de controlarmos e equilibrarmos a nossa forma de viver, reservando momentos para todas as boas atividades é o que podemos chamar de uma vida parcimoniosa, de modo que podemos aproveitar o máximo dela, tirando o melhor proveito de tudo que fazemos e sempre em busca de momentos felizes, sem estresses, sem depressão, sem irritações e sem orgulhos ou vergonhas.              
         

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